Capa do livro NA BARRIGA DA MINHA MÃE de Júlia Rosemberg

NA BARRIGA DA MINHA MÃE

Júlia Rosemberg
Thais Stoklos (ilustrações)

Totó é como todo mundo conhece a Antônia. No livro Na Barriga da Minha Mãe - feito para as crianças e para os adultos - ela conta como é que lembra de quando estava barriga de Júlia, sua mãe. 

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Na barriga de Júlia
Cris Rocha

Com texto sensível e delicado, o livro Na Barriga da Minha Mãe recupera o começo, bem lá no começo, a existência da menina Antônia - conhecida por todos como Totó.

Totó, antes mesmo de nascer, foi sonhada: uma menina curiosa, capaz de inventar peripécias e aventuras, e que já estava ali, desde que era um grãozinho de feijão, muito viva e desejante, embora não tivesse certeza de como tudo aconteceu. E não poder lembrar de tudo, como ela lamenta, é justamente o que permite ao outro – à mãe ou a quem se ocupa de nós nos nossos começos – emprestar histórias, verdadeiras, imaginadas, inventadas, desconhecidas ou enigmáticas, às vezes assustadoras, que podem ser contadas, traduzidas e ilustradas lindamente.

 A estrutura deste pequeno livro nos mostra o que uma criança pode imaginar sobre sua origem e também revela, a cada página, as sensações presentes na gestação, na espera que antecede o encontro entre mãe e filha.

A beleza de Na Barriga da Minha Mãe está na história escrita a quatro mãos, na conversa entre a autora e ilustradora, na invenção conjunta de narrar de maneira concisa e tocante o desejo de chegar ao mundo imenso, de sonhar o que nele existe, repleto de coisas surpreendentes.

Sobre as autoras

Júlia Rosemberg

Escrever sempre esteve no topo das atividades diárias de Júlia Rosemberg. Encontrou eco, força e organização de estilo na oficina de escrita literária do Marcelino Freire, no Centro Cultural o_barco. E foi lá que nasceu o Coletivo Djalma, grupo formado por ela e mais nove escritores/as. Encontram-se toda terça-feira para discutir produções individuais e uma coletiva, que deve sair em breve.

Afora isso, nasceu no inverno de setenta e oito, foi pra creche desde bebê, estudou em algumas escolas e se formou em psicologia na PUC-SP, em 2001. De lá até aqui fez pesquisa em presídio, trabalhou em ONG do movimento negro, em consultoria de inclusão de pessoas com deficiência e, mais recentemente, em prol da população LGTB, cuja temática já está sendo desenvolvida na sua próxima publicação infantil. Júlia é corintiana atávica e tem uma filha linda que chama Antônia, mas que todo mundo chama de Totó.

Thais Stoklos

Thais Stoklos sempre gostou de artes. Com orientação de professores, experimentou várias linguagens diferentes. Participou de um grupo de design de objetos. Produziu eventos ligados a arte em espaços culturais (em um deles eu era sócia). Fez fotografia e criação gráfica de peças de teatro, de cd e de encarte de música, de logotipos, de adesivos decorativos…

Expôs desenhos, um trabalho interativo, vídeos e fotografia. Trabalhou com oficinas de arte para crianças e monitorias em exposições. Ah, e antes disso tudo, se graduou em Pedagogia para entender melhor como a educação pode ser a base para um pensamento reflexivo e autônomo. Encontrou a arte.